sexta-feira, 14 de maio de 2010

Zona Azul

O Sistema de Estacionamento Rotativo Zona Azul é uma das medidas de engenharia de trânsito utilizadas por órgãos de todo o País com o objetivo de melhorar o tráfego de veículos nas grandes cidades. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê a utilização deste dispositivo através do artigo 24, inciso X, que estabelece a competência dos órgãos e entidades executivas de trânsito municipais pela instalação, manutenção e operacionalização do sistema de estacionamento pago nas vias públicas. O artigo 181 do CTB estabelece ainda a infração e a penalidade a ser imposta ao infrator das normas do Zona Azul.

O sistema de estacionamento rotativo é uma realidade em várias cidades brasileiras, como Salvador (Bahia), Belo Horizonte (Minas Gerais), Florianópolis (Santa Catarina), São Paulo e Recife (Pernambuco). O principal objetivo do sistema é permitir a rotatividade de vagas, principalmente em áreas comerciais e em pontos turísticos da cidade, de forma a democratizar o acesso às vagas de estacionamento, racionalizando a utilização do espaço público. O sistema é também uma forma de combater a privatização de vagas de estacionamento, que são apropriadas por estabelecimentos particulares, restringindo o acesso dos cidadãos.Com o aumento do número de veículos circulando na cidade, o sistema Zona Azul se mostra uma opção viável para amenizar os transtornos causados pela escassez de vagas de estacionamento. 

Em Belém o projeto prevê a ampliação de estacionamento rotativo para as ruas Generalíssimo Deodoro, Benjamim Constant, Rui Barbosa, Dr. Moraes e Serzedelo Corrêa.

A procura de estacionamento provoca congestionamentos e o cometimento de infrações, como filas duplas e estacionamento sobre os passeios. Essas vagas são dispostas, estrategicamente, em áreas comerciais, uma vez que o objetivo do Zona Azul é tornar a circulação de pessoas e veículos mais efetiva e garantir ao maior número possível de veículos o acesso às vagas em espaços públicos.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ciclista Legal


Nesta bonita "campanha educativa" do Governo federal fica claro a total despreocupação das autoridades governamentais em resolver ou atenuar a grave estatística de ciclistas atropelados nas ruas das cidades. Parece que é mais uma campanha sem efeito e que serve apenas para abocanhar as verbas públicas destinadas a educação no transito, enquanto milhares de cidadãos ciclistas nem mesmo sabem dos seus direitos e muito menos dos seus deveres de condutores de veículos. 
Para quem vive diariamente a batalha de pedalar nas ruas, fica difícil entender o que é um ciclista legal. Num mundo onde os ónibus e furgões ameaçam e se impõem pela força e tamanho, onde carros particulares param em fila duplas e desrespeitam os semáforos, onde taxis e motocicletas agem como milícias motorizada, onde pedestres desesperados desafiam o tempo, a bicicleta aparece como um ingrediente a mais nesta caótica mistura explosiva. Por uma questão de sobrevivência, o ciclista não poderia ser diferente, anda pela contramão, sobe nas calçadas e desrespeita os sinais.

É óbvio que para mudar esse quadro, precisaremos de campanhas muito mais eficazes, a começar pelas crianças nas escolas, e propagar para dentro das casas através dos jornais e telenovelas.
Infelizmente ainda me sinto um delinquente quando pedalo pelas ruas, mesmo tendo consciência e agindo de forma responsável, ainda fica a sensação de discriminação, parece que estamos atrapalhando o trafego e quem usa a bicicleta como veículo é um pobre coitado que não pode comprar carro ou motocicleta.